Tenho tonturas…. então tenho labirintite ?

Tenho tonturas…. então tenho labirintite ?

Essa é uma das perguntas mais comuns no consultório médico, em especial do otorrinolaringologista.

Mas o que é “labirintite”? Esse é um termo muito utilizado pelas pessoas (incluindo médicos) para falar de qualquer problema que envolva o labirinto ou que gere tonturas (sua principal queixa), porém isso não é correto!

Em primeiro lugar, é importante frisar que nem toda tontura é gerada no labirinto. A queixa de tontura pode ter origem cardiovascular, neurológica, psiquiátrica, ocular….. mas, na maioria das vezes, o culpado será o labirinto! Cabe ao médico identificar se o paciente tem, de fato, um problema de labirinto, ou de outra natureza.

Em segundo lugar, EXISTEM DIVERSOS TIPOS DE PROBLEMAS DE LABIRINTO! E não uma doença única, chamada de labirintite…. na verdade existe de fato uma doença chamada labirintite mas essa é (pasmem!) muito rara na prática clínica. Cada tipo de doença do labirinto tem um diagnóstico e um tratamento específico. Por isso, não basta que o médico saiba que é do labirinto, o ideal seria poder definir o TIPO de problema de labirinto existente!

Porém, isso não é tão simples! O labirinto é um órgão que fica na parte interna da orelha, dentro de um osso chamado de osso temporal e, portanto, de difícil acesso. Até mesmo o melhor dos exames de imagem como uma ressonância magnética, tem muita dificuldade de avaliar o interior do labirinto. Então a avaliação médica do paciente com problema de labirinto vai se basear principalmente na CONSULTA MÉDICA, mais precisamente na conversa com o paciente (chamada de anamnese) e o exame físico. Os exames complementares costumam ser muito úteis, mas nenhum deles, isoladamente, vai dar a resposta que o paciente quer ouvir…. “afinal, tenho ou não tenho labirintite”??

Enfim, o paciente com queixas de “labirintite” como tonturas, zumbido, falta de equilíbrio e/ou problemas de audição, precisa ser cuidadosamente avaliado pelo médico otorrinolaringologista, em especial aquele com experiência na área de otoneurologia, para que possa receber um adequado diagnóstico e, consequentemente, o tratamento ideal.

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]