Como já foi explicado aqui no site, na página “O que é Labirintite?”, o termo “labirintite” é popularmente utilizado de forma a designar qualquer tipo de problema de labirinto (são vários e na maioria das vezes não são causados por uma inflamação no labirinto!).
Mas existe um exame para diagnosticar “labirintite”?
Existem vários tipos de exames disponíveis para avaliar o nosso labirinto, mas nenhum deles faz, sozinho, o diagnóstico do paciente. Existe a ilusão de que um determinado exame de labirinto vais nos dizer qual exatamente é o nosso diagnóstico mas isso não acontece. Por quê?
Em primeiro lugar, o nosso labirinto é um órgão pequeno, de estrutura bastante complexa, que fica dentro do osso do ouvido (que, aliás, é o osso mais duro do corpo humano), quase inacessível aos exames que dispomos hoje. Assim, a maioria dos exames não avalia o labirinto diretamente, mas sim por outros meios, como, por exemplo, pelo movimentos dos olhos, que têm conexão direta com os nossos labirintos. Alguns exames de imagem, como a Ressonância Magnética, já conseguem dar alguns detalhes do interior do labirinto, mas ainda sim sem conseguir avaliar a microestrutura do labirinto, onde muitas alterações acontecem.
Em segundo lugar as alterações encontradas nos exames podem não ter relação com os sintomas do paciente! Por isso é de suma importância a avaliação médica para determinar se aquela alteração encontrada tem nexo com o quadro clínico do paciente. No fim das contas, apenas após a coleta de todas as informações, da história clínica, do exame físico e dos exames complementares (quando necessários), é que se pode fechar o diagnóstico e fazer o tratamento correto.
Por último, não existe um exame que seja sempre melhor que os outros. Caso o seu médico considere importante a realização de algum exame complementar, esse será escolhido de acordo com cada caso e sempre baseado nas informações coletadas na consulta.